sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A SOLDAGEM SUBAQUÁTICA

No post deste mês falaremos sobre a soldagem subaquática. Este processo está ficando cada vez mais importante e é por isso que o Ponto da Soldas quer fazer um post dedicado a esta especialidade.


A soldagem subaquática foi desenvolvida pela Marinha Norte Americana e por empresas de mergulho e recuperações e é extensamente utilizada para reparos emergênciais em navios. A soldagem subaquática ficou muito importante devido ao considerável aumento de perfurações de gás e petróleo em alto mar. Seu uso se dava principalmente na construção e manutenção dos equipamentos de perfuração e outros.
A Marinha Norte Americana utiliza principalmente a soldagem subaquática quando os navios não podem ser atendidos nas docas. Tem vezes que esta técnica é a única que pode efetuar as manutenções pertinentes nos cascos de navios. A soldagem subaquática, em alguns casos, é o único meio prático de executar uniões ou reparos em equipamentos de perfuração de petróleo e gás, e também em casos de emergência para vasos navais.    
As empresas comerciais também utilizam a soldagem subaquática na manutenção de seus navios. Porém, eles preferem utilizar outros métodos em que o custo seja menor.
Um dado curioso é a diferença entre a ductilidade que a solda experimenta embaixo d’agua e no ar livre. A solda subaquática tem uma resistência de 80% enquanto que no ar livre é de 50%. Esta substancial diminuição na ductilidade é explicada pelo endurecimento resultante do drástico resfriamento causado pelo meio aquático e por isso o equipamento para solda subaquática deve ser projetado para estas condições ambientais.


O operador normalmente utiliza equipamento de mergulho completo. O capacete é equipado com protetor facial articulado e óculos de solda com filtro n°6 ou 8. A Marinha Norte Americana recomenda que a cabeça do mergulhador seja isolada do capacete por uma grossa capa e por uma tira de borracha no botão da válvula de exaustão. Em águas rasas o mergulhador pode executar o trabalho usando apenas luvas de borracha e protetor facial. Isto somente é permitido pela Marinha em casos de extrema emergência.
Os eletrodos são impermeabilizados com uma solução de celulose em acetona e as soldas recomendadas pela Marinha são os eletrodos E6013. A fonte de solda preferida é do tipo gerador DC com até 300 ampère de capacidade, conectado em polaridade direta.
Referente aos perigos sobre a segurança, o soldador deve se proteger do contato com a corrente elétrica. Outro perigo importante e que tem que ser controlado é a possibilidade de uma explosão resultante do acúmulo de gás hidrogênio em compartimentos fechados ou inadequadamente ventilados. As bolhas geradas na solda subaquáticas tem aproximadamente 70% de hidrogênio. Na formação da bolha, este hidrogênio não é consumido por falta de oxigênio no meio aquático. O hidrogênio por ser mais leve, se eleva no meio aquático, e pode se acumular em baixo de alguma superfície, cobrindo um compartimento fechado. Ficando em contato com oxigênio está sujeito a explosão em caso de incidência de chama ou fagulha.
Agora assista este vídeo para entender melhor...