Uma plataforma
petrolífera pode ser de duas maneiras, em terra firme recebe o nome de
plataforma "on-shore" e no mar recebe o nome de plataforma
"off-shore" e é uma grande estrutura usada na perfuração em alto mar
para a perfuração de poços no leito do oceano para a extração de petróleo e/ou
gás natural, processando os fluidos extraídos e levando os produtos, de navio,
até a costa. Existem dois tipos principais de plataformas de petróleo no mar: as de
perfuração e as de produção. As do primeiro grupo servem para encontrar o óleo
em poços ainda não explorados, uma tarefa nada fácil, que tem início com uma
série de pesquisas geológicas e geofísicas que localizam bacias promissoras e
analisam os melhores pontos para perfurá-las. Mesmo assim, ninguém pode
garantir a real existência de petróleo. No fim das contas, menos de 20% dos
poços perfurados são aproveitados.
As plataformas de
produção, por sua vez, entram em cena quando um poço já foi descoberto e está
pronto para ser explorado. São elas que efetivamente extraem o petróleo
localizado no fundo do mar, levando-o à superfície, onde o óleo é separado de
outros compostos, como água e gás. Dependendo da profundidade em que se
encontra o poço, podem ser construídos dois tipos de plataforma de produção: as
fixas e as flutuantes (chamadas de semi-submersíveis). As fixas são instaladas
em águas rasas (até 180 metros) e ficam ligadas ao subsolo oceânico por uma
espécie de grande "pilar". Já as flutuantes possuem cascos como os de
um navio e servem para explorar poços que se localizam em lugares muito
profundos. Na bacia de Campos, por exemplo, no Rio de Janeiro, o petróleo é
retirado em águas que chegam a quase 2 mil metros de profundidade.
Tipos:
1. Plataformas fixas: têm sido as preferidas nos campos localizados
em lâminas d'água de até 200 metros. Geralmente as plataformas fixas são
constituídas de estruturas modulares de aço, instaladas no local de operação
sob estruturas chamadas jaquetas, presas com estacas cravadas no fundo
do mar. As plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos
de perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como todas as
instalações necessárias para a produção dos poços. Não tem capacidade de
estocagem de petróleo ou gás, tendo o mesmo que ser enviado para a terra
através de oleodutos e gasodutos.
2. Plataformas autoelevatórias ou Autoeleváveis: são constituídas basicamente
de uma balsa equipada com estrutura de apoio, ou pernas, que, acionadas
mecânica ou hidraulicamente, movimentam-se para baixo até atingirem o fundo do
mar. Em seguida, inicia-se a elevação da plataforma acima do nível da água, a
uma altura segura e fora da ação das ondas. Essas plataformas são móveis, sendo
transportadas por rebocadores ou por propulsão própria.
3. Plataforma de pernas
atirantadas:
são unidades flutuantes utilizadas para a produção de petróleo. Sua estrutura é
bastante semelhante à da plataforma semissubmersível. Porém, sua ancoragem ao
fundo mar é diferente: as plataformas de pernas atirantadas são ancoradas por
estruturas tubulares, com os tendões fixos ao fundo do mar por estacas e
mantidos esticados pelo excesso de flutuação da plataforma, o que reduz
severamente os movimentos da mesma. Desta forma, as operações de perfuração,
completação e produção das atirantadas são semelhantes às executadas em
plataformas fixas.
4. Plataformas
Semissubmersíveis: são compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiada em
flutuadores submersos. Uma unidade flutuante sofre movimentações devido à ação
das ondas, correntes e ventos, com possibilidade de danificar os equipamentos a
serem descidos no poço. Por isso, torna-se necessário que ela fique posicionada
na superfície do mar, dentro de um círculo com raio de tolerância ditado pelos
equipamentos de subsuperfície. Dois tipos de sistema são responsáveis pelo
posicionamento da unidade flutuante: o
sistema de ancoragem e o sistema de posicionamento dinâmico. A plataforma
P-51, da Petrobras, um tipo de plataforma semissubmersível.
5. Navios-sonda: é um navio projetado
para a perfuração de poços submarinos. Sua torre de perfuração localiza-se no
centro do navio, onde uma abertura no casco permite a passagem da coluna de
perfuração. O sistema de posicionamento do navio-sonda, composto por sensores
acústicos, propulsores e computadores, anula os efeitos do vento, ondas e
correntes que tendem a deslocar o navio de sua posição.
6. Sistemas flutuantes
de produção:
são navios, em geral de grande porte, com capacidade para produzir, processar
e/ou armazenar petróleo e gás natural, estando ancorados em um local definido.
Em seus conveses, são instaladas plantas de processo para separar e tratar os
fluidos produzidos pelos poços. Depois de separado da água e do gás, o petróleo
produzido pode ser armazenado nos tanques do próprio navio e/ou transferido
para terra através de navios aliviadores ou oleodutos. O gás comprimido é enviado
para terra através de gasodutos e/ou reinjetado no reservatório.
Funcionamento:
A plataforma
flutuante fica apoiada sobre dois grandes cascos, que têm cerca de 50 metros de
altura. Aproximadamente metade do casco fica sob a água, abaixo da ação das
ondas, o que garante maior estabilidade. Em seu interior, elevadores dão acesso
a tanques de combustível, reservatórios de água e caixa de esgoto.
No solo oceânico,
na boca do poço de petróleo, fica um conjunto de válvulas chamado de
"árvore de natal". Ela centraliza as tubulações que penetram no
subsolo em vários pontos do campo de extração. Da "árvore de natal"
parte para a plataforma a mistura de gases, petróleo e água que sai do poço,
numa ligação que pode ter mais de 2 quilômetros de extensão.
Antigamente,
mergulhadores vistoriavam as tubulações e os cascos. Hoje, a maior parte do
trabalho de inspeção e manutenção é feito por pequenos robôs que enviam imagens
para os técnicos. A limpeza interior das tubulações também é feita com
monitoramento remoto.
Apesar de não ter
um pilar ligando-a ao solo oceânico, a plataforma flutuante não fica solta no
mar. Âncoras especiais, encravadas 30 metros no subsolo, são usadas para
mantê-la fixa. Os cabos de ancoragem são feitos de poliéster, um material
flexível que ajuda a amenizar o peso sobre a plataforma. Correntes de aço são
usadas apenas no começo e no fim dos cabos.
Na área mais
segura da plataforma - perto do heliponto — fica o setor de
moradia. Além de alojamentos, ele tem restaurante, sala de TV ou cinema, salão
de jogos e algumas vezes espaço até para uma quadra de esportes. Sempre há
cerca de 150 funcionários trabalhando na plataforma. Eles passam 14 dias no mar
e depois ganham 21 dias de folga em terra firme
A plataforma de
produção se assemelha a uma refinaria. Assim que a mistura de água, gás e óleo
que vem do poço oceânico chega até ela, uma série de equipamentos separa esses
substâncias. A água é devolvida para o mar e o petróleo e o gás natural são
mandados para a costa. Os gases não aproveitáveis queimam naquela chama eterna
que se vê nas plataformas
O gás natural separado
na plataforma é levado até a costa por meio de dutos fixados no fundo do mar e
que chegam a percorrer distâncias de até 120 quilômetros. O petróleo também
pode ser transportados por tubulações semelhantes, mas muitas vezes, por conta
de custos, opta-se pelo uso de imbarcações para escoar o óleo extraído
Quando o petróleo
não segue para a costa por um oleoduto, ele é estocado em um navio que funciona
como um grande armazén aquático. Com o uso de correntes, ele é fixado a cerca
de 2 quilômetros da plataforma e recebe dela (por uma tubulação) o petróleo
extraído. Uma vez por semana, um navio menor alivia o estoque e leva o produto
para a costa.